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Arroz ganha destaque na produção goiana

Por Lucas Silva 02 Maio 2024 Publicado em Estado
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Um dos principais alimentos da mesa da população brasileira, o arroz tem conquistado cada vez mais espaço na produção agrícola goiana. Os agricultores estão investindo na atividade, inclusive como segunda safra, e buscando novas formas de ampliar a produtividade em campo. Segundo números divulgados no início de março pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a previsão é de produção de 126,5 mil toneladas de arroz total (irrigado e sequeiro) na safra 2023/2024 no Estado, crescimento de 55% em relação ao ciclo 2022/2023. Já na área cultivada, em Goiás, o aumento estimado é de 64,4%, saindo de 14,6 mil hectares no ano passado para 24 mil hectares na atual safra.

 

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Arroz e Feijão, os principais municípios goianos produtores de arroz irrigado por inundação são Flores de Goiás e São Miguel do Araguaia. Em relação ao arroz de terras altas, utilizando pivô central para irrigação, estão Rio Verde, Jataí, Pires do Rio, Ipameri, Cristalina, Jussara, Britânia, Palmeiras de Goiás, Jandaia, Paraúna e Hidrolândia.

 

Devido à importância que a cultura tem conquistado no Estado, em janeiro deste ano uma comitiva chinesa, composta por membros da Universidade Agrícola de Yunnan (YAU), esteve em Goiás para conhecer o potencial goiano de produção e discutir parcerias para fortalecer a cultura. Eles visitaram áreas em Flores de Goiás, Luiz Alves e distrito de São Miguel do Araguaia, e estações experimentais e laboratórios de pesquisa da Embrapa Arroz e Feijão, além de terem participado de palestras e mesa-redonda com produtores na Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).

 

Segundo o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Adriano Castro, é perceptível o potencial de crescimento na produção do cereal no estado de Goiás. “A área de cultivo era em torno de 10 mil hectares ao ano e agora, nos últimos anos, subiu para mais de 23 mil hectares. Esse incremento de área ocorreu por conta da produção de arroz sobre pivô. A gente tinha em torno de 10 mil hectares de arroz irrigado por inundação e a entrada do arroz no pivô central, com mais ou menos 15 mil hectares na última safra, proporcionou esse aumento de área cultivada em Goiás”, explica.

 

De acordo com ele, o arroz cultivado em terras altas por meio do sistema de pivô central se tornou excelente opção de segunda safra pós-soja e pós-milho para produção de sementes. “Entra com produtividades de 120, 130 a 150 sacas por hectare, com custo médio de produção de 50 sacas por hectare, além de deixar uma palhada muito interessante para o sistema de produção, que soma até nove toneladas por hectare de matéria seca. Isso é extremamente benéfico para o sistema de produção como um todo, incorporando e agregando mais matéria orgânica ao sistema, além de quebrar o ciclo de pragas e doenças que são problemas sérios nesses pivôs, principalmente os mais antigos.”

 

Mercado de sementes

 

O proprietário e diretor comercial da empresa Suprema Sementes, Alex Borges, concorda que a produção de arroz vem evoluindo ao longo dos anos em Goiás. Ele reforça que o que tem proporcionado esse crescimento é o lançamento de cultivares resistentes a doenças, tolerantes ao acamamento e com alta produtividade. “Cultivares de arroz do passado não possuíam competitividade de cultivo e produção em relação às outras commodities, como soja e milho. Essas cultivares possuíam produtividades médias de 2 a 3 toneladas por hectare e, ainda, devido a suscetibilidade a doenças, os custos eram altos para produzir. Além disso, essas cultivares do passado tinham a arquitetura da planta frágil, não resistindo a pequenas rajadas de vento no ponto de colheita, o que a levavam a acamar e prejudicar a colheita mecanizada.”

 

Mas ele alerta que o produtor precisa ficar atento a alguns fatores quando for comprar qualquer semente, de qualquer cultivar. “Os principais fatores, exigidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, são a germinação e pureza dessas sementes. O Mapa exige, de acordo com cada cultura, uma porcentagem mínima de germinação e pureza para que a semente seja comercializada. No caso do arroz, a germinação mínima é de 80% e, de pureza física de 98%. Porém, há outros fatores que, ao longo do tempo, o mercado começou a exigir, como vigor, presença ou não de dormência e sanidade dessas sementes. Todos esses fatores são garantidos pela empresa de sementes ainda nos seus campos de produção, durante o manejo da cultura, garantindo qualidade ao produtor cliente. Na produção de sementes a qualidade sempre tem que vir em primeiro lugar”, finaliza.

 

Comunicação Sistema Faeg/Senar/Ifag

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