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Mortes por câncer aumentaram 43% em 10 anos em Goiás

Por Lucas Silva 22 Abril 2024 Publicado em Estado
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As mortes por câncer em Goiás aumentaram 43,3% entre 2013 e 2023. Há onze anos, o estado registrou 5,1 mil óbitos pela doença. No ano passado, 7,4 mil. Na comparação, a proporção de mulheres vítimas de câncer cresceu. O câncer de traqueia, brônquio e pulmão se manteve como aquele com o maior número de mortes e os idosos seguem como os mais afetados, representando 69,7% das vítimas em 2023. Neste ano, já foram 1,7 mil óbitos pela doença, uma média de 15 mortes por dia.

 

O aumento dos óbitos acontece em meio a um crescimento da população. Do Censo de 2010 para o de 2022, o número de pessoas em Goiás aumentou de 6 milhões para 7 milhões. A estimativa de casos de câncer do Instituto Nacional de Câncer (Inca) também subiu. Em 2013, eram 18,4 mil, incluindo os de pele não melanoma. Em 2023, 25,5 mil. Apesar de o incremento ser influenciado pela expansão da população e incidência de câncer, especialistas apontam que é possível trabalhar para abrandar a letalidade da doença, que é a razão dos óbitos pelos casos da doença.

 

Nos últimos dez anos, houve algumas mudanças em relação aos tipos de câncer que mais mataram. Em 2013, o câncer de próstata foi o segundo com mais óbitos. Na época, as mulheres representavam 44,97% das vítimas. Em 2023, essa porcentagem subiu para 48,04% e o câncer de mama passou a figurar como o terceiro maior responsável por mortes, enquanto o câncer de próstata passou para quarto. Quando analisada apenas o contexto do sexo feminino, o câncer de mama se manteve como o responsável pela maioria das mortes.

 

A idade continuou como fator de risco importante para o desenvolvimento do câncer. Considerando a série histórica de óbitos pela doença no estado (2010-2024), eles representaram 66,6% das 86,6 mil mortes. O oncologista da Oncoclínicas Goiás. Osterno Queiroz, frisa que o estilo de vida também é um ponto de atenção. “Isso quer dizer que quem trabalha exposto ao sol sem o uso de proteção terá mais chances de ter câncer de pele. Da mesma forma, quem fuma terá mais chance de ter câncer de pulmão”, exemplifica. Outros fatores, como a genética, podem fazer com que a pessoa também tenha mais chances de desenvolver determinado tipo de câncer.

 

Considerando a Classificação Internacional de Doenças (CID), o câncer de traqueia, brônquio e pulmão tem se mantido como aquele com o maior número de vítimas em Goiás. O chefe da Oncologia Torácica do Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ), Frederico Monteiro, esclarece que praticamente todos os cânceres dessa CID são de pulmão e destaca que, do ponto de vista epidemiológico, eles são mais comuns em pessoas que têm o hábito de fumar. “São pessoas que também são mais resistentes em procurar médicos, o que faz com que alguns cheguem em um estágio avançado”, pondera. Ele credita a quantidade de mortes a três fatores principais: dificuldade do diagnóstico precoce, diferenças entre tratamentos e gestão pública.

 

Diagnóstico precoce

 

Somada a demora na procura dos fumantes, ele aponta que o câncer de pulmão tem crescimento silencioso e os principais sintomas podem ser confundidos com outras doenças. São eles: tosse por mais de 20 dias e/ou com a presença de sangue, falta de ar, presença de catarro, rouquidão e emagrecimento. “Dos pacientes que começam o tratamento com o câncer de pulmão estágio um, cerca de 70% estão vivos ao final de cinco anos. Quando falamos de estágio quatro, menos de 5% estão vivos após cinco anos”, esclarece Monteiro.

 

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